Novembro traz ‘Anónimos de Abril’, Space Festival, teatro, dança e circo contemporâneo
Não podia ser mais cheio o mês de novembro em Paredes de Coura. O primeiro dia do mês arranca logo com o concerto Anónimos de Abril, prolonga-se com o festival itinerante Space Festival que passa por Coura com os concertos de Mariana Dionisio & Clara Saleiro e o espetáculo ‘Multimedia Percussion’ de Vítor Castro, o palco estende-se ao teatro com as ‘Aves’, pelas Comédias do Minho, ‘Trama’ pelo Mais Teatro Amador Courense & Space Ensemble e ‘O tamanho das coisas’, uma produção Terra Amarela, mas também há dança contemporânea pela Companhia de Dança Contemporânea de Angola e novo circo no âmbito da Rede Internacional La Nuit du Cirque.
Mas também há muito cinema, desde o drama/romance ‘Todo o tempo que temos’ ao filme de animação ‘Robot Selvagem’, passando pela aventura ‘Venom: a última dança’ e a comédia ‘Red One: missão secreta’, não falta uma animação cultural cuidada à qual também se acrescentam os já habituais workshops com construções Lego e os modernos jogos de tabuleiro com os Jogos em Família.
Assim, já na próxima sexta-feira, primeiro dia de novembro, pelo Centro Cultural passam a partir das 21h30 os ‘Anónimos de Abril’, um projeto de Rogério Charraz e José Fialho Gouveia com participações de Joana Alegre e João Afonso. ‘Anónimos de Abril’ procura honrar em canções os muitos protagonistas, gente cuja ação foi de alguma maneira determinante ou simbólica para a revolução, mas que com o passar do tempo vai ficando submersa no esquecimento ou até mesmo no desconhecimento.
Space Festival
A 6 e 7 de novembro Paredes de Coura recebe o festival itinerante Space Festival. Mariana Dionisio (voz) e Clara Saleiro (flauta) são as primeiras a subir ao palco, na sequência de uma residência artística com o apoio do Centro Cultural Paredes de Coura e da Direção Geral das Artes. Constroem todo o seu repertório a partir de uma peça de Kate Soper – “Only the Words Themselves Mean What They Say”, com ideias, jogos e pequenos temas que servem de base a uma exploração da fusão sonora entre a voz e a flauta, através da improvisação.
Por sua vez, Vítor Castro apresenta ‘Multimedia Percussion’, uma viagem sensorial e imersiva em que a percussão transcende os seus limites tradicionais através do diálogo com elementos visuais, gestuais e multimédia. Vítor Castro cria uma narrativa que explora o caos e a harmonia, o silêncio e a explosão, guiando o público por novos territórios sonoros nas fronteiras da música, teatro e arte visual.
O Space Festival também se estende ao teatro com a peça ‘Trama’, uma criação de Luís Filipe Silva para o Mais Teatro Amador Courense/Comédias do Minho e a música dos Space Ensemble, Samuel Martins Coelho (violino), Nuno Alves (eletrónica), António Oliveira (violoncelo) e Luís Bittencourt (percussão), numa evocação dos 20 anos das Comédias do Minho e 50 anos de Liberdade, celebrando a construção comunitária desta grande Casa.
‘As Aves’ e ‘O tamanho das coisas’
O teatro mantém-se em cena neste mês de novembro com a peça ‘As Aves’. Ao longo de quatro dias, 20 a 24 novembro, pela vila e freguesias de Paredes de Coura as Comédia do Minho levam esta comédia com um forte sentido crítico em relação aos “males de Atenas”, e que é considerada a obra-prima de Aristófanes. A narrativa assenta na capacidade de persuasão que um humano – Pistetero – tem sobre as aves, levando-as a concretizar os seus desejos.
Já ‘O tamanho das coisas’ é uma coprodução do Centro Cultural de Paredes de Coura, Teatro Diogo Bernardes e Cine-Teatro de Pombal com interpretação de Paulo Azevedo sob um texto de Alex Cassal. A determinado momento numa geografia desconhecida e sem qualquer razão aparente, um homem interrompe o seu caminho parando em pleno oceano. Da comparação entre o seu corpo e a escala avassaladora do que o rodeia levanta a questão: será que devo continuar?
Dança contemporânea ‘made in’ Angola
A dança contemporânea e o novo circo também marcam presença em Coura no mês de novembro, com a Companhia de Dança Contemporânea de Angola a trazer ‘Onde o vento não sopra’ e ‘Kairós’, no âmbito da Noite do Circo - Rede Internacional La Nuit du Cirque, respetivamente.
Com coreografia de Ana Clara Guerra Marques, ‘Onde o vento não sopra’, a 8 de novembro, aborda os terrenos da emigração, propondo um olhar sobre a complexidade das conexões humanas na construção de uma teia que se entrelaça em diferentes direções.
Já ‘Kairós’, a 15 de novembro, é uma coprodução do Centro Cultural de Paredes de Coura e Cineteatro António Lamoso. Através da acrobacia e da dança, busca perfeitas coincidências, encontros dos corpos, momentos… KAIRÓS, a palavra grega sobre o conceito do tempo e da oportunidade.
Paços do Município
2024.10.29