Município de Paredes de Coura

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MÚSICA, TEATRO, BAILADO CONTEMPORÂNEO, ARTES PLÁSTICAS E CINEMA NA ‘RENTRÉE’ DE COURA
  Ana Bacalhau + Teatro do Ferro + AmarAmália + Vieira da Silva MÚSICA, TEATRO, BAILADO CONTEMPORÂNEO, ARTES PLÁSTICAS E CINEMA NA ‘RENTRÉE’ DE COURA setembro | Centro Cultural     As palavras e a música de Ana Bacalhau, a arte de palco pelo Teatro de Ferro, o bailado contemporâneo com AmarAmália, as artes plásticas […]
publicado a 28 de Agosto de 2023

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Ana Bacalhau + Teatro do Ferro + AmarAmália + Vieira da Silva

MÚSICA, TEATRO, BAILADO CONTEMPORÂNEO, ARTES PLÁSTICAS E CINEMA NA ‘RENTRÉE’ DE COURA

setembro | Centro Cultural

 

 

As palavras e a música de Ana Bacalhau, a arte de palco pelo Teatro de Ferro, o bailado contemporâneo com AmarAmália, as artes plásticas com a ‘Obra Gráfica’ de Vieira da Silva, mas também o cinema ao ar livre com o filme da ‘Da memória às palavras’, de João Gigante, são algumas das propostas irrecusáveis que nos propõe Paredes de Coura para este mês de setembro, para muitos a rentrée para o corre-corre dos dias mais curtos que se avizinham, depois de umas férias que acreditamos foram retemperadoras.

Propostas que não se esgotam nas iniciativas acima sugeridas, mas que também contemplam as habituais projeções dos filmes que marcam as estreias no cartaz de cinema nacional, o Programa Bebés e Família e o Ler Cinema sempre com um convidado que faz a leitura de uma obra que lhe terá marcado.

 

Ana Bacalhau

1 set_22h00 - Centro Cultural

Além de uma intérprete ímpar, que em palco se entrega sempre como se aquela pudesse ser a última vez que a ouvimos e vemos ao vivo, Ana Bacalhau tem cada vez mais uma palavra a dizer na escrita das letras e das músicas que interpreta. Em 2022 a artista editou o seu último single, Orelhas Moucas, produzido por João Só. Esta canção, cujo título provém de uma expressão popular, sublinha uma forma de lidar com a rejeição num malhão animado que nos dá vontade de dançar. Recorde-se que após dez anos a dar voz às canções da Deolinda, Ana Bacalhau estreou-se a solo em 2017 com Nome Próprio, revelando em 2021 o álbum sucessor Além Da Curta Imaginação de forma a «Criar novos mundos, que possam materializar-se neste. Criar novos mundos, para que as experiências de dor e perda possam ser sublimadas.». Palavras de Ana Bacalhau.

 

Bora Lá Laborar – Teatro de Ferro

23 set_22h00 – Centro Cultural

É uma expressão que não se usa, pelo menos não conhecemos ninguém que a use. Descobrimo-la, ou inventámo-la atraídos pela sua sonoridade circular e sobressaltada, como o funcionamento de algumas máquinas. Bora Lá Laborar! quer dizer: “vamos ao trabalho!” ou, em inglês, “let´s work”, “au boulot! /au travail!” em francês… supomos que em quase todas as línguas modernas deve existir uma coisa assim - o trabalho é uma condição universal do humano, mesmo para aqueles que não trabalham. Aqui, laborar significa também pensar coletivamente, em voz alta e com o corpo. Bora Lá Laborar é pois um projeto em que se procura uma reflexão na forma de teatro sobre o lugar do trabalho nas nossas vidas enquanto sociedades e indivíduos.
Para que é que trabalhamos?
Para ganhar a vida?
Para ganhar dinheiro?
Para que serve o trabalho que milhares de milhões de humanos no mundo inteiro a todo o instante realizam?
Será que poderia ser de outra forma?
Porque é que a tanta gente custa sair da cama para ir trabalhar - será que são preguiçosos, ou haverá mesmo algum problema?
Será que a preguiça é um problema?
Será mesmo que o trabalho dá saúde ou liberta?
Haverá trabalho para todos num sistema produtivo cada vez mais automatizado?
E se não houver, o que acontecerá com todos que veem suprimido o seu direito ao trabalho?
Mas o trabalho é um direito ou um dever?
E os velhos, não deviam também trabalhar? E já agora, as crianças - a escola é trabalho? Então e os trabalhos de casa?
E as mulheres, porque é que tantas vezes ganham menos pelo mesmo trabalho?
Pois, e o trabalho de parto? Sim, mas o que é que nasce do trabalho? Ufa, que grande trabalheira! E ainda agora começámos…

Encenação, cenografia e dramaturgia - Igor Gandra

Assistência de encenação - Carla Veloso
Letra das canções - António Gil

Interpretação – Carla Veloso, Catarina Chora, Eduardo Mendes, Igor Gandra, Mariana Lamego

Realização plástica - Eduardo Mendes

Vídeo - LoTA Gandra
Desenho de luz – Mariana Figueroa

Figurinos - Marta Figueroa

Fotografia de cena – Susana Neves

Oficina de construção – Eduardo Mendes, Hernâni Miranda, Igor Gandra, Carla Veloso,                 Catarina Chora, Mariana Lamego

Agradecimentos - Ana Lúcia Figueiredo

Produção - Teatro de Ferro 2023

Coprodução - Fábrica das Artes- Centro Cultural de Belém, Fundação Lapa do
Lobo, Teatro Aveirense, Teatro Municipal da Guarda, Teatro Municipal de Faro.

AmarAmália – Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo

29 set_22h00 – Centro Cultural

As hipóteses sobre a origem do Fado são muito diversas. Para uns, as suas raízes estão no Oriente, para outros nas canções dos escravos levados para o Brasil que cantavam ao ritmo murmurante do oceano. Gosto da imagem nostálgica de um Fado nascido em alto mar. Mas, enquanto coreógrafo, o que me seduz é sobretudo a emoção e a força dramática com que chegou até nós na voz divina de Amália. Neste ano em que se celebram os cem anos do nascimento de Amália Rodrigues, não podia deixar de me associar a estas tão merecidas comemorações com a alegria de voltar ao palco da Fundação Gulbenkian com uma obra que marcou uma fase tão importante da minha carreira. O processo de trabalho dessas obras teve sempre, do ponto de vista musical a mesma linha de organização: os fados escolhidos foram enquadrados numa malha musical formada por uma colagem de diversas obras musicais que surgirão nos interstícios.
AMARAMÁLIA 2020 começará como uma projeção imaginária, uma cerimónia sem tempo e personagens definidas. O seu espaço tanto poderá ser a geometria obscura das vielas e tabernas de Lisboa na sua penumbra habitada, como uma janela debruçada sobre a claridade de um lugar sem nome. As flutuações do destino e das paixões humanas, a tristeza, a separação, a estranheza, o voo e o grito pela liberdade, ressurgirão como a expressão de um sentimento de vida incerta. O discurso teatral acompanhará o espírito de cada um dos poemas escolhidos, ao mesmo tempo que se abandonará à voz de Amália, à sua emoção e às suas múltiplas interpretações, como matéria-prima do seu sentido e da sua própria expressão coreográfica. O que, principalmente, me move ao abordar esta nova obra é prestar uma homenagem sincera a essa extraordinária e inesquecível Artista que tornou o fado universal e orgulho do nosso povo.     Vasco Wellenkamp

FICHA ARTÍSTICA

Coreografia - Vasco Wellenkamp
Consultor dramatúrgico - Daniel Gorjão
Ensaiadora - Cláudia Sampaio
Música - Fados cantados por Amália Rodrigues
Cenografia - Luís Santos e Wilson Galvão
Assistente de Cenografia - Samuel Garcia
Desenho de Luz - Vasco Wellenkamp
Figurinos - Liliana Mendonça e Teresa Martins
Bailarinos - Beatriz Mira, Carlos Silva, Francisco Ferreira, Ísis Magro de Sá, Maria Mira, Miguel Santos, Ricardo Henriques, Rita Baptista, Rita Carpinteiro, Sara Casal, Tiago Barreiros
Fotografia - João Costa

Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo
Direção artística - Vasco Wellenkamp e Cláudia Sampaio
Consultoria artística - Liliana Mendonça
Direção de produção - Cláudia Alfaiate
Assistência à produção - Anabela Cachinho
Gestão financeira - Bernardo Beja
Comunicação e imagem - Rita Carpinteiro
Director técnico - Ricardo Campos
Direção de cena - Cláudia Sampaio

Apoio ao Espectáculo AMARAMÁLIA 2020 - Fundação Calouste Gulbenkian
Apoio - República Portuguesa Cultura / Direção-Geral das Artes
Principal Parceiro da CPBC - Allianz Portugal
Apoio às digressões - RHmais
Apoio - Câmara Municipal de Lisboa

Três janelas sobre um jardim - Obra gráfica de Vieira da Silva

até 15 out­_ qua a dom_14h às 18h00 – Centro Cultural

A Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva conta no seu espólio com uma significativa coleção de gravura e serigrafia de Maria Helena Vieira da Silva. De um conjunto de mais de trezentas obras gráficas foram selecionadas trinta e três pela sua representatividade técnica – buril, ponta-seca, água-tinta, litografia e serigrafia; pela sua data de produção, que vai de 1954 a 1988, e ainda pela sua diversidade temática e plástica, de representações mais abstratas a representações figurativas, todas elas resultantes de um similar percurso da artista na pintura. Este conjunto procura ser um percurso gráfico revelador de um outro percurso, o pictórico. Tratando-se de múltiplos, obras sobre papel emolduradas sob vidro, é fácil a sua itinerância e a sua exposição em pequenas galerias e espaços culturais, dando a conhecer a todos os públicos a obra de Maria Helena Vieira da Silva.

Há Filmes no Largo! - Comédias do Minho
15 set / 21h00 – Polidesportivo de Vascões [ou Junta de Freguesia Vascões, em caso de chuva]
16 set / 21h00 – Nossa Senhora da Pena [ou Junta de Freguesia Mozelos, em caso de chuva]
17 set / 21h00 – Antiga Escola Primária de São Martinho de Coura

Chamamos todos para o largo. A mãe, o pai, o tio, a avó, o primo, a neta, o amigo, o cão e o gato. São todos bem-vindos. Aproveitamos as últimas noites quentes do ano para estarmos na rua e vermos um filme juntos. Não vá o tempo pregar-nos uma partida, traga uma manta para que o frio não se meta connosco. Desta vez, vemos o filme de João Gigante, “Da memória às palavras”:

“Da memória às palavras” é um filme-documento que se constrói em torno do espetáculo de narração oral “Uma Roda: entre histórias”. O processo de trabalho começa pelo acompanhamento de recolhas de património oral (lendas, contos, histórias e cantigas), no Alto Minho, pela equipa da Memória Imaterial Cooperativa Cultural. A viagem continua com o processo dos atores das Comédias do Minho, a partir do manancial de histórias coletadas. Luís Correia Carmelo é o encenador e narrador que conduz a metamorfose dos atores em narradores ativos, criativos e interpretativos. Este filme faz um desenho desde a recolha à apresentação, apontando os processos e os resultados: através da circulação do espetáculo devolvem-se os contos recolhidos e apropriados por cada narrador.

Este filme fala de quem vive, guarda e usa a palavra como retrato do quotidiano, do seu território. Saber contar histórias é beber das memórias a elasticidade narrativa de quem as contou. É trazer ao presente um olhar transversal sobre o tempo que nos atravessa e sobre o tempo que virá.

FICHA ARTÍSTICA
Realização João Gigante
Imagem e Áudio João Gigante
Arquivos vídeo e áudio das recolhas José Barbieri / Memória Imaterial CRL
Montagem e Pós-Produção João Gigante
Música PHOLE
Com José Barbieri, Luís Correia Carmelo, Cheila Pereira, Luís Filipe Silva, Rui Mendonça, Sara Costa, Ana Sofia Paiva, António Fontinha, Cristina Taquelim, Paula Carballeira, Magda Henriques.
Coprodução Comédias do Minho e Memória Imaterial CRL
2023

Ana Bacalhau  AmarAmália - Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo  Bora Lá Laborar - Teatro de Ferro   Rascunho automático 2194Rascunho automático 2204

 

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